Relatoria da primeira reunião com a Diretora

RELATORIA DA REUNIÃO COM A DIRETORA TEREZA VITALI, 10/05

PRESENTES – Nina, Jú, Júlio, Ravi, Fred, Moysés e Lucas (saiu mais cedo)
Das 17 às 18:45

A Tereza Vitali começou se apresentando, formação, há quanto tempo tá na Cásper, etc. Disse que desde 98 é vice-diretora, e assumiu a Direção em maio de 2005, após afastamento definitivo do Erasmo Nuzzi. Fez questão de dizer que tem toda legitimidade já que recebeu 71 votos (dos 78 possíveis) para vice. Falou das eleições em outubro, das eleições pro CTA e pro CPA (Comissão Própria de Avaliação, criada ano passado por exigência do MEC).

Eu (Júlio) disse que nosso cartaz “Você sabe quem é nossa diretora?” (citado por ela) em nenhum momento questionava a legitimidade da diretora, apenas dizia que nossos alunos não a conhecem. Ela respondeu que não tinha pensado nisso, e que tem estado muito ocupada, principalmente com a pós-graduação, que é prioridade desde de setembro.

A Nina questionou se após o Fórum de Jornalismo, de 2004, ou depois do CPA alguma medida efetiva foi tomada, em questões como a mudança sócio-econômica do perfil do aluno da Cásper. TV falou que a relação candidato/vaga e a dificuldade do vestibular é que causavam essa mudança. Questionei então se ela afirmava que os aumentos de mensalidade não acarretaram em mudança no perfil dos alunos, e ela disse que era apenas um dos fatores. Falou em perda da filantropia, para depois dizer que não falaria sobre mensalidades, que isso era um problema da Mantenedora, não da Direção. Fred observou que a relação candidato/vaga vem caindo nos últimos anos, e Tereza respondeu que o mercado mudou, e de novo citou a perda da filantropia.

Nina questionou as contas da Faculdade, por que não são separadas das da Fundação. TV falou para falarmos com o Marco Dantas, gerente financeiro da Faculdade. Nina e Jú insistiram que só com a publicação das contas separadas podemos entender possíveis aumentos, e ela respondeu que a Cásper é uma fundação não uma holding, que seria muito melhor se fosse holding (eu não sei o que é isso, mas na hora fiz cara de quem sabia), mas que é a estrutura é assim, blá blá blá.

Fred colocou em discussão o aumento no preço das multas da biblioteca e dos atestados da secretaria, e ela voltou a dizer pra falarmos com Dantas. Mas que a multa não aumenta há muitos anos. Eu falei que deveríamos questionar a própria existência das taxas na secretaria, Fred falou que proporcionalmente os atrasos na biblioteca caíram e a Jú falou que o importante era que soubéssemos pra onde vai o dinheiro. Tereza falou que por ela não passa dinheiro, que a tesouraria é da Fundação, e que são feitos muitos investimentos na biblioteca.

Entregamos nosso caderno de apresentação e propostas (vou colocar nos arquivos do grupo amanhã, prometo). Ela folheou e parou na parte das bolsas. Disse que agora a comissão de bolsas conta com uma assistente social da Fundação, e nos deu um “conselho”: para que lutássemos não por bolsas com maior porcentagem, mas sim por mais bolsas. Que alguém que não pode pagar nada não poderia freqüentar (isso acho que ela se arrependeu, porque depois tentou corrigir), e falou pra só solicitarmos o que é possível. Disse que podem existir sim bolsas de 100%, o aluno só precisa “comprovar” que precisa. Falou que pra ela o ideal era que fosse de graça, mas que existe um orçamento fixo paras bolsas e que ele é dividido de acordo “com as necessidades” de quem pede bolsa. Perguntei por que as bolsas são vedadas aos inadimplentes, e ela disse que são regras e que “não consegue mudar”. Falou que o que mais a preocupa no regimento “são vocês, alunos” e que está tentando muda-lo para que quem é inadimplente possa trancar, o que não pode hoje (lembrem de COBRAR isso).

Perguntei o que ela achava dos inadimplentes não poderem fazer rematrícula, e TV disse: “Não me comprometa. Isso é lei. Peço permissão para não responder. Não posso mudar o mundo.” Disse que há um setor de negociação, e se nós o conhecíamos. Eu falei que infelizmente já tive que recorrer a ele, e ela falou que ele negocia tudo, que a faculdade vive de suas receitas e precisa de regras, blá blá blá.

Jú perguntou sobre o calendário da reforma do Regimento, e ela falou que iria se reunir com o Flosi (professor encarregado disso). TV voltou pro assunto das bolsas, dizendo que as bolsas pro primeiro ano tinham sido um avanço, mas falou que não tinha como não ser no segundo semestre, respondendo a meu aparte. Perguntei se seria inviável pedirmos que inadimplentes pudessem participar dos processos de bolsa, e ela disse que NÃO.

Moysés falou sobre alunos de Turismo que teriam entrado no terceiro mês, e ela falou que foi contra a realização de outro vestibular pra preencher vagas em Turismo, que foram inscritos 60 pra 50 vagas, mas que só 20 atingiram a nota mínima, mas que “a Cásper não é que nem outras faculdades por aí e não aceita qualquer um”. Moysés falou que faltam investimentos para divulgação do curso de Turismo e ela concordou.

Moysés perguntou como é feita a divisão dos recursos para eventos, como FERP, CásperTUR, etc. Ela falou que as coordenadorias é que fazem, e ficou um tempão falando de quantas salas cada curso tem. Moysés falou que a CásperTUR teve verba muito pequena ano passado (depois contou que foi de uns cem reais!) e ela falou que não é a verba que faz um bom evento, e que eles precisavam fazer um evento melhor, que ano passado foi “horrível”. Falou que dá todo apoio a grandes eventos, e que inclusive Turismo foi chamado para a FERP, mas não sabia porquê não entrou.

Falei sobre nosso projeto de contribuições voluntárias para o CA, e se seria viável que ele acontecesse através das mensalidades. Ela falou que isso também é com o Dantas, e que queria nós a chamássemos para essa reunião. Mas que isso seria viável sim, e que há proposta semelhante por parte da Atlética, só que com eles isso ficou pra setembro. Nina explicou que queríamos que o dinheiro não saísse da mensalidade, que fosse a mais, e voluntário.

Reivindiquei que a maconha fosse legalizada na Cásper (hehehe mentira, isso é só pra acordar quem ta lendo, ta muito grande esse texto). Na verdade, eu falei do projeto de avaliação dos professores, e se o que foi feito em 2004 tinha sido reconhecido. Ela falou que nunca viu aquele, mas que deveríamos pedir o apoio das coordenadorias. Jú perguntou se o resultado seria levado em consideração, e ela disse que sim.

Nina falou que tem a sensação de que as coordenadorias e a Direção não se comunicam com entre si nem com os alunos, e ela disse que “aqui é tudo muito próximo, não há uma instância que não tenha representante dos alunos”. Nina falou que eles ficam muito distantes das pessoas, e ela disse que não pode ficar atendendo aluno o tempo inteiro, que existem representantes.

Pedimos mais um mural e ela falou que vai dar.

Perguntei sobre os contratos do Monet e do Xerox, ela falou que Xerox é com o Dantas (ai, ai...) e que o Monet é concessão da Fundação. Essa hora ela já tava querendo encerrar,e falou que precisa da gente, blá blá blá. Que vai ver o mural. Pedi ainda uma freqüência nos nossos encontros, e ela falou que “sim, claro, gostaria muito”. Falou que temos que ter um diálogo aberto, que ela é sincera, e que nosso papel é bater de frente mesmo, mas quem disse que o CA tem que viver brigando? Saímos cantarolando “why can´t we be friends?” felizes e saltitantes com nossa master conquista de mais um mural. Uma coisa posso dizer, ela é uma ótima política...