quarta-feira, junho 28, 2006

ENECOM 2006


“Uma outra comunicação é possível: combatendo as opressões e construindo as bases para uma nova sociedade”
Salvador, Bahia, 6 a 12 de agosto
Entre os dias 6 e 12 de agosto acontecerá, na Universidade Federal da Bahia, o XXVIII Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social, o ENECOM! Organizado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação (ENECOS), junto com a Comissão Organizadora Local, o ENECOM 2006 reunirá mil e duzentos estudantes de comunicação com o objetivo de promover a integração, a troca de experiências entre estudantes do país inteiro e diversos debates importantes para nossa formação.
A programação desse ano conta com espaços bem diversificados como oficinas, núcleos de vivência (onde ocorre uma integração entre os movimentos sociais locais e os estudantes), painéis, mini-cursos e salas de discussão para debater vários assuntos pertinentes ao nosso curso e à nossa sociedade, mostras culturais e acadêmicas (Cinecom, Simpecos, Exposição Fotográfica e de Fanzines, Mostra Universitária de Vídeos) e espaços de apresentação e organização da Executiva, como as reuniões das regionais, dos GET’s (Grupos de Estudo e Trabalho) e o Conselho Nacional dos Estudantes de Comunicação (Conecom).
Com o objetivo de facilitar a participação de tod@s no ENECOM, organizamos os PRÉ-ENECOMS, que são espaços que reúnem os estudantes interessados em participar do encontro. O objetivo dos PRÉ-ENECOMS é iniciar as discussões dos temas que vão rolar no encontro. Além disso, são espaços para os estudantes conhecerem melhor a dinâmica e a organização da ENECOS, do movimento estudantil de comunicação e do próprio ENECOM. São nessas reuniões também que as regionais e/ou estados se organizam para a viagem.
Observações importantes:
· Todos os estudantes interessados devem pagar a pré-inscrição, no valor de R$ 25 até o dia 3 de julho. Caso não venha a participar, o dinheiro será devolvido. Quem não efetuar a pré-inscrição não poderá se inscrever depois.
· Os valores da inscrição definitiva (que deve ser feita até o dia 21 julho) são:
§ R$ 140 (inscrição + alojamento + alimentação)
§ R$ 90 (inscrição + alojamento)
§ R$ 60 (inscrição)
· Ônibus: ainda estamos fazendo os orçamentos do transporte. A princípio o valor do ônibus ficará entre R$ 130 e R$ 150 (ida e volta).
www.enecos.org.br

terça-feira, junho 06, 2006

EPECOM

Encontro estudantil em Bauru discute papéis da universidade

por PAULO MARCAIOLI , 3 JoA

O EPECOM, Encontro Paulista de Estudantes de Comunicação, é um fórum de discussões de âmbito regional sobre o chamado Movimento Estudantil de Comunicação (MeCom). O evento é aberto a todos os estudantes da área e é articulado pela ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação).
Este ano o encontro foi realizado em Bauru, e contou com a participação de cerca de 100 estudantes, da PUC-SP, USP, Cásper Líbero, UNESP-Bauru, USC- Bauru e COC-Riberão Preto.

Sob o tema “Educação”, os estudantes se organizaram em Grupos de Discussão (GD’s) e painéis para discutir pontos como concepções de movimento, papéis da universidade e qualidade de formação. No último dia, todas as propostas recolhidas são sistematizadas numa plenária, que define as ações dos estudantes ao longo do ano. Para os próximos meses, foram marcados atos públicos sobre TV digital, lançamento da campanha de Boicote ao ENADE, campanha de criação de CA’S e DA’S, participação ativa durante a “Semana pela Democratização da Comunicação” e criação de um Coletivo Estadual da ENECOS, sub-dividido em núcleos regionais.

O encontro teve início no sábado de manhã, com uma pequena apresentação da Executiva, das bandeiras do MeCom e dos posicionamentos políticos gerais definidos no Congresso Nacional da ENECOS, o COBRECOS. As lutas travadas pelos estudantes vão da democratização da comunicação ao combate às opressões de gênero e raça, passando pela defesa de educação superior pública e laica, em resposta à hegemonia dos chamados “Tubarões de Ensino”, ou seja, as grandes empresas- universidades que não cumprem qualquer função social e atuam apenas como prestadoras de serviços.

Após a abertura, um painel sobre papeis da universidade discutiu a obrigatoriedade de diploma para jornalistas, reforma universitária e os papéis sociais que a universidade deve(ria) cumprir. Foi o espaço mais polêmico, com concepções de universidade ora voltadas para a reprodução das demandas de mercado, ora para a reivindicação da universidade como um espaço de produção e extensão de conhecimento, a partir de um ensino crítico com o qual o estudante passa a ser um agente de transformação da realidade. O consenso ficou na segunda
opção.

Durante a tarde, os estudantes se dividiram em GD’s e trocaram idéias sobre pautas relacionadas ao painel. A idéia é se reunir em grupos menores e tomar providências a partir das inquietações causadas pelo debate. Uma reunião posterior dividiu os alunos por região e deliberou sobre as intervenções mais locais. Destaque para a proposta de organizar oficinas e debates sobre TV Digital nas escolas de Ensino Médio, proposta do Coletivo-Bauru.

A plenária final foi o último (e mais longo) espaço. Depois de tanta discussão, os relatores dos GD’s leram as propostas, que foram ora votadas ora aclamadas. No site da ENECOS pode-se checar os indicativos políticos e as atividades programadas pela executiva em âmbito nacional: www.enecos.org.br

quinta-feira, junho 01, 2006

Audiência Pública sobre TV Digital


Dia primeiro foi realizada, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, uma audiência pública sobre a escolha do sistema de TV Digital. Compareceram cerca de 50 pessoas. Aqui vai um resumo do que cada um dos participantes da mesa falou:

Tiãozinho (deputado PT/ Comissão de Ética na TV): A opção não está sendo feita pelo povo, e sim pelos meios de comunicação. O processo deveria ser mais democrático, e, possivelmente, englobar outros países da América Latina. Estamos trocando pneu com o carro andando, precisa haver debate antes da escolha.

Simão Pedro (deputado PT/ Frente Parlamentar da Radiodifusão Comunitária): Setores pressionam para criar aquela história de fato consumado, de que o padrão japonês já está decidido e não tem mais jeito. Não é bem assim, a sociedade precisa discutir.

José Guilherme (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias): Primeiro, não estamos discutindo TV Digital, e sim digitalização da comunicação. Os mais de cinco mil municípios brasileiros são retransmissores de bairros de SP e RJ, numa linguagem norte-americana, ainda por cima. Se 1% das pessoas detém 50, 60% da riqueza no Brasil, e já é um absurdo, e o caso da Comunicação, em que 0,00 e bota zero 1% detém 100%?!

Fred Redvi (Fórum Nacional de Democratização da Comunicação) – A decisão vem sendo esticada há meses, ou porque não se chegou a um acordo entre as partes ou pelo movimento contrário a essa decisão, que vem se fortalecendo. A concentração, que já é muito grande e dificulta cada vez mais o acesso a emprego, aumentaria mais ainda. Exemplo: a Bandeirantes fez um estudo que demoraria sete anos para se digitalizar, enquanto a Globo diz que até setembro conseguiria.

Assunção Hernandes (Congresso Brasileiro de Cinema): Já que o Executivo está inclinado ao padrão japonês, e o Legislativo está ignorando, temos que recorrer à Procuradoria Geral para evitar que esse crime seja cometido!

Guilherme Jerônimo (ENECOS) – A discussão está sendo insuficiente, temos que levá-la a toda sociedade, não só a ambientes fechados e corredores. O Ministério das Comunicações está usando a TV Digital como moeda de troca política.

Michele Prazeres (Associação Brasileiras de ONG´s) – O que está em jogo é uma questão política, a formação de opinião.Adiando a decisão, seria possível maior participação popular. Ninguém falou que existe um sistema brasileiro, só se fala nos outros três.

Diogo Moysés (Intervozes): O que está claro agora é como nossos políticos temem a Globo. No Congresso, de 500 e tantos parlamentares nem dez têm coragem de tomar uma posição. A Globo tem o lobby político mais forte do Brasil. Não há por que tomar a decisão agora. A China só vai decidir em 2008, muitos outros países estão começando agora.Todos eles definem primeiro o modelo que querem, e depois a tecnologia. A sociedade não faz a mínima idéia do que está em jogo, é preciso informá-la. Desde a entrada de Hélio Costa (o homem da Globo) no Ministério, não há interação entre sociedade civil e governo. Comunicação é direito, não é serviço.