terça-feira, novembro 14, 2006

Segunda reunião mensalidades 2007

RELATORIA DA SEGUNDA REUNIÃO DE MENSALIDADES, 13/11/2006

PRESENTES: Júlio Delmanto, Juliana Sada, Marina Adorno, Nathalia Neves, Guilherme Pichonelli e Gabriel Mestieri (alunos), Cláudio Arantes (professor observador), Dimas Oliveira (superintendente Cásper), Alípio (secretário geral) e Lílian (secretária da diretora).

AUSENTE (ainda bem): Marco Dantas (Fundação).

A reunião começou com Dimas “abrindo” os dados obscuros que tínhamos levantado na outra reunião. Na verdade essa abertura consistiu em uma folha que ele entregou pra cada um, com um ligeiro detalhamento dos gastos, por exemplo dos softwares. Nem uma tabela era, era tudo escrito numa linha. Os valores eram os seguintes:

Software: Microsoft 62 mil (anual); Macromidia vence 2008 (valor?); Corel 28 mil (anual) e Adobe 90 mil, total180 mil. (Será que o Macromidia é de graça?)

Material de limpeza utilizado pelo condomínio 19 mil (no ano anterior estava alocado junto com serv. Terceiros)

Outras despesas: transporte e ajuda de custo 26 mil, manutenção de veículos 10 mil, seguros 166 mil, viagens 31 mil e diversos 62 mil – total 295 mil.

Pedimos outros esclarecimentos acerca da planilha da outra reunião:
- Por que o aumento com gastos de pessoal era de 7,1% se serão contratados só 6 novos funcionários, se o dissídio será de 4,5% (ano passado era 8) e se os contratos de benefício seriam reajustados ,segundo Dantas, num índice entre 4 e 5.
- E onde estariam as receitas nessa planilha, como vestibular, taxas de secretaria, multas da biblioteca e cursos extracurriculares?
- Como que se no sub-total houve um aumento de 7,1% nos gastos o custo do aluno aumentará, segundo eles, em 9,6%?
Dimas respondeu que o custo era calculado imaginando uma perda de alunos blá blá blá. Utilizou aquela mesma retórica confusa, simplista e generalizante do Dantas, só com menos erros de português e arrogância. O número previsto de redução de alunos é de cerca de cinqüenta, isso justifica um aumento de 9,6% no custo para os outros 2249, se os custos, teoricamente, aumentariam só 7,1%? As receitas falou que ia trazer. E sobre o aumento no gasto de pessoal mais enrolação, disse que tem a progressão horizontal e vertical dos professores (promoções/aumentos) e mais blábláblá falafalafalaenãodiznada.
Apresentou um aumento “rearranjado”, já que não aceitamos a diferenciação de aumentos para os primeiros anos. MILAGROSAMENTE os 6% para segundos terceiros e quartos e os 7% para primeiros anos virou CINCO VÍRGULA OITO para todos os anos. Faz sentido? Faaaaz....
Perguntou nossa proposta.
Dissemos que pelas nossas contas, se a Cásper tivesse aumentado os preços de acordo com a inflação de 2004 pra cá (depois da perda da filantropia) a mensalidade estaria em 710,77 reais, e subiria para 737,06 em 2007. Portanto, o justo seria um reajuste de MENOS DOIS VÍRGULA TRINTA E OITO POR CENTO, tendo em vista que se a faculdade aumenta de acordo com seus supostos custos e não de acordo com a inflação há que se pensar que a nossa renda, e a de nossos pais, aumenta, quando aumenta, de acordo com a inflação, não com os custos da Fundação.
Além disso expusemos que o custo aluno que eles apresentam vem aumentando a uma média de mais de cem reais por ano, e que uma faculdade nunca irá conseguir se sustentar assim nos próximos anos.
Também foi apresentado de novo o dado de que 73,87% dos alunos que entraram esse ano declararam renda entre 1500 e 7 mil reais mensais, ou seja, para a enorme maioria dos alunos a mensalidade corresponde a NO MÍNIMO DEZ POR CENTO DA RENDA MENSAL DA FAMÍLIA INTEIRA, isso sem falar em transporte, alimentação, livros, etc.
Alia-se a tudo isso que o aumento do ano passado, que já foi abusivo pela perda da carga horária, foi de 6,5% num contexto econômico muito diferente, com inflação a 5,69%, dissídios aumentando em 8%, e com contratação de 26 novos funcionários.
Por todos esses motivos declaramos que consideramos ABUSIVO TODO E QUALQUER AUMENTO, E QUE É INACEITÁVEL UM AUMENTO ACIMA DA INFLAÇÃO, QUE SERÁ DE 3,7%.
Dimas desqualificou como pôde esses argumentos, mas nenhum deles recebeu uma contra-argumentação digna de gastar meus dedos digitando. Falou que 3,7% não tinha jeito.
Arantes falou daquele seu cálculo, de que se aumentasse na mesma proporção do ano passado ficaria em torno de 4,5%, e perguntou se por esse valor nós e Dimas encerrávamos a negociação. Falamos que o aumento do ano passado já foi abusivo, portanto não aceitaríamos o mesmo, mas também não adiantaria porque Dimas disse que “não era ele quem decidia, que tinha que levar pra Fundação, etc”. Como se já não tivessem decidido o aumento há séculos. Arantes disse ainda que as Coordenadorias colocam nos gastos as promoções horizontais e verticais e tal (planos de carreira) mas que não foi deduzido do orçamento delas as demissões que inevitavelmente vão acontecer ano que vem, como dos professores de Espanhol e Inglês por exemplo. Dimas falou que isso podia entrar no cálculo e diminuir alguma coisa nos 5,8% propostos.
No fim, ressaltamos que apesar dos pesares a reunião fluiu muito melhor SEM A PRESENÇA DE MARCO DANTAS. Pedimos que ficasse registrado em ata, o que não deve acontecer, haja visto que foi pedido que ficasse registrado na última que ele tava atendendo o celular durante uma discussão importante e nada.

A próxima reunião tinha ficado marcada pra terça feita, às 16. Mas Arantes pediu por e-mail que fosse remarcada pra quarta, o que concordamos.