terça-feira, março 20, 2007

debate REFORMA UNIVERSITÁRIA: QUE EDUCAÇÃO QUEREMOS?

O Centro Acadêmico Vladimir Herzog convida todos a participarem do debate REFORMA UNIVERSITÁRIA: QUE EDUCAÇÃO QUEREMOS? nesta quinta- feira, dia 22, às 11:30 e 19:00, na sala Aloysio Biondi (5 andar).

Os debatedores serão Jurema Brasil Xavier, professora da Cásper Líbero e pesquisadora da USP, e Lighia Horodynski-Matsushigue, professora da USP e 2ª Vice-Presidente da Regional São Paulo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) .

Desde 12 de junho de 2006 está em tramitação no Congresso Nacional a 4ª versão das Normas Gerais do Ensino Superior, mais conhecida como Reforma Universitária. O atual projeto já tem 368 emendas feitas pelos parlamentares, e entrará em discussão junto com outros dois Projetos de Lei de 2004, ano em que de fato se iniciou a discussão da Reforma no governo Lula.

Segundo o Presidente, a proposta assegura a autonomia das universidades, garante o repasse de 75% do orçamento do MEC ao ensino superior durante dez anos e estabelece critérios de qualidade na distribuição de recursos. Entidades como UNE, UBES, CUT e Força Sindical defendem o debate do projeto no Congresso, acreditando que assim se restabelecerá o papel do Estado na Educação Superior.

Para as diversas entidades que estão contra a Reforma, as medidas do projeto servirão para consolidar ainda mais medidas consideradas privatizantes, como a Parcerias Público – Privadas, o PROUNI e o SINAES. Por isso se uniram para barrar o projeto, numa Frente Contra a Reforma.

É também na Reforma que se discutem questões como cotas para minorias étnicas e alunos de escolas públicas, autonomia das universidades, regulamentação ou não do ensino à distância, modelos de destinação de recursos e criação de um ciclo básico nos cursos de graduação.

Distribuição por partido das emendas da RU

Veja quantas propostas de emendas cada partido anexou à discussão do Projeto de Lei da Reforma Universitária:

PMBD - 93

PSDB - 83

PFL - 56

PP - 33

PTB - 29

PSOL - 18

PL - 11

PT , PPS, PSB, PC do B - ??

O presidente da comissão especial é o deputado Gastão Vieira do PMDB, autor de todas as 93 emendas do partido, um dos vice-presidentes é Átila Lira, do PSDB, autor do projeto principal, e outro é João Matos, do PMDB, autor do PL nº 4221/04, sendo o relator Paulo Delgado, do PT.

Fonte: ANDES + site Ivan Valente

segunda-feira, março 19, 2007

Ninguém sai ninguém entra - respostas da Cásper

Em resposta a uma carta do CAVH, que questionava os motivos da proibição da saída pela escada e da entrada de acompanhantes, o simpático Secretário Geral da Faculdade, Alípio, me chamou para uma conversa.
Disse que não sabia do problema das escadas, e que há uma orientação da Direção para que a saída seja liberada. Só não sai quem não mostrar a carteirinha. Falei que várias pessoas reclamaram de terem sido impedidas de descer, e além disso a presença de seguranças bem no meio da escada, no terceiro andar, também intimida as pessoas, aparenta proibição. Ele falou que a Direção "terá uma conversa" com a Segurança sobre isso.
Sobre a entrada de acompanhantes de ter sido proibida nesse ano, falou que também não partiu da Faculdade, que seria coisa da Fundação. Repeti que não estamos pedindo nada demais, a não ser que as coisas sejam como ano passado (o que já é tosco): a pessoa "de fora" entraria mediante apresentação do seu RG e da carteirinha de seu amigo(a) estudante. Alípio disse que não ve problema nisso, e que ele e Tereza vão buscar uma resposta da Fundação. Fiquei de voltar lá pra saber.
Portanto é isso, quem quiser descer de escada "eles" deixam (incrível como num ambiente acadêmico temos que ficar pedidno permissão pra tudo - mas na hora de nos filmarem em todo canto, sem cumprir a lei que obriga a colocação de avisos, aí pode...). Entrar, por enquanto só quem paga. Esperemos a resposta pra saber o que fazer.
Mais um capítulo da eterna novela da Burocásper, a cada dia mais sem sentido...

quinta-feira, março 15, 2007

Debate - documentário sobre Vladimir Herzog

FGV promove debate gratuito de filme Vlado

Publicação: quinta, 15 de março de 2007A Escola de Economia de São Paulo da FGV e o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil inauguram um novo espaço de discussão de filmes, o CineDocGV. A primeira edição do evento será nessa sexta e será gratuito. O filme escolhido para debate será Vlado - 30 anos depois, de João Batista de Andrade. O filme será exibido às 19h e logo depois haverá um debate com o diretor. Para participar basta se inscrever pelo email economia@fgvsp.br.Serviço:Dia 16 de Março, às 19h.Local: Rua Itapeva, 432, 4º andar, Salão Nobre

fonte: www.guiadasemana.com.br

sexta-feira, março 09, 2007

As últimas da Cásper: ninguém entra e ninguém sai!

A excelentíssima Faculdade Cásper Líbero nos guardou muitas surpresas nesse novo ano letivo algumas, entretanto, são mais curiosas que as outras.
Por exemplo, pra quem estuda a noite é comum descer de escada quando as aulas terminam já que o os elevadores não comportam o fluxo de pessoas. (Lembrando que há dois elevadores que os alunos são proibidos de usar, já que são de uso exclusivo de pessoas alheias à Faculdade.) Agora, alguém teve a brilhante idéia de proibir a descida pela escada - o que causou um certo aperreio entre os alunos. Afinal, nada melhor do que assistir aula até às 22:30 e ter que ficar dez minutos esperando pra entrar em um elevador ou então, subir pra depois descer (atentem que isso está perdendo a sua eficácia já que muitos o fazem).
Outra mudança foi que agora só entra na Cásper quem paga mensalidade. Acabou aquela balela de trazer amigos pra conhecer a super estrutura da Faculdade ou assistir uma das ótimas aulas. Pois é, estamos proibidos de trazer convidados pra Cásper, a não ser com alguma autorização divina. Realmente, as catracas fazem sentido; pra entrar tem que pagar.
Continuaremos na eterna busca por coerência nas atitudes da direção da Faculdade/Fundação. Assim que tivermos uma explicação, lógica ou não, publicamos por aí...

quarta-feira, março 07, 2007

Sobre o 8 de Março

Texto produzido pelo Grupo de Estudo e Trabalho de Combate às Opressões da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social

Reconhecemos o dia 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Mais do que uma data festiva para a promoção de shows, distribuição de flores e bombons, o dia traz em si uma origem de reivindicações, lutas, greves, passeatas e perseguições. Simboliza, antes de mais nada, a busca da igualdade entre homens e mulheres. Uma luta cotidiana contra a subordinação, a inferiorização, os preconceitos e as limitações que vêm sendo impostos socialmente às mulheres.

Como todas as reivindicações específicas, o combate à desigualdade entre os gêneros é parte de uma luta maior, pautada pela luta de classe, que travamos cotidianamente pelo fim da sociedade desigual. A luta da mulher não pode vir dissociada dessa maior. Não há como pensar em emancipação da mulher, assim como de qualquer ser humano, enquanto existir esse sistema baseado na exploração do homem pelo homem. A cultura da homofobia, do racismo, do machismo, assim como várias outras preconceituosas e rasteiras são reproduzidas por esse sistema perverso através de seus vários instrumentos: os meios de comunicação, que retratam a mulher, na maioria das vezes, como instrumento de prazer para o homem; a saúde, que não garante à mulher o direito de aborto seguro; a violência física e psicológica que a mulher sofre dentro e fora do lar; o Estado, a Escola, as nossas famílias e outras esferas do cotidiano que reproduzem a cultura de incapacidade da mulher de realizar certas atividades, da inferioridade biológica, da fragilidade e da servidão ao homem. As reivindicações devem e precisam se unir para garantir que os indivíduos se percebam enquanto sujeitos históricos e transformadores da realidade em que vivem.

Quanto à origem da data, uma versão se firmou e vem sendo perpetuada: a de que o dia 8 de março remete a uma greve realizada em Nova Iorque em 1857, na qual 129 operárias teriam morrido depois de os patrões terem incendiado a fábrica ocupada. Já outra versão desconsidera o incêndio da fábrica e admite a possibilidade de o 8 de março ter ganhado significado com uma greve das tecelãs de 1917 em São Petersburgo. Esta última teria gerado uma grande manifestação e dado início à Revolução Russa. Apesar de controvérsias sobre a origem do dia Internacional da Mulher, temos que admiti-lo enquanto momento de aglutinação de forças, de mobilização para luta contra a desigualdade de gênero.

A abordagem da mulher pela mídia é um tópico que merece atenção especial. Percebemos que os meios de comunicação de massa vêm aniquilando simbolicamente as mulheres, porque refletem os valores sociais dominantes na sociedade. Ou seja: há uma constante reprodução na mídia de como as mulheres são vistas e percebidas pela sociedade que consome essas produções. A mídia não adquire, assim, um caráter transformador, mas sim fortalece e perpetua o pensamento dominante. Comerciais relativos a produtos de limpeza ou para a cozinha, por exemplo, são destinados sempre a mulheres, "do jeitinho que elas aprovam". É constante o uso do corpo da mulher como objeto para a venda dos mais diversos produtos: do desodorante às cervejas.

O Movimento Estudantil muitas vezes reproduz as diversas formas de opressão contra a mulher. Por isso mesmo não pode se furtar do debate da questão de gênero e deve lutar contra essa e qualquer outra forma de opressão. São avanços nessa luta os posicionamentos da ENECOS em 2007 como o Grupo de Estudo e Trabalho que discute a questão das opressões específicas; a organização dos setoriais e dos seus espaços de auto-organização, a realização de debates mistos sobre a questão de gênero, a garantia de creches nos fóruns da entidade, o avanço no debate da heteronormatividade.

Entendemos que as diversas esferas de nosso dia a dia exercem um papel relevante na manutenção da ordem vigente, satisfatória à minoria dominante. É no cenário atual de perpetuação da exploração dos (as) opressores (as) contra os (as) oprimidos (as) que a luta feminina nasce no sentido de buscar a transformação dessa realidade.

Entre no nosso site: http://www.enecos.org.br/
Para colaborar com o GET mande um e-mail para: opressoes@yahoogroups.com