TERCEIRA REUNIÃO DAS MENSALIDADES, 22 do 11
Presentes: Cláudio Arantes, Alípio, Dimas e os alunos Júlio, Juliana, Natália, Guilherme Pichonelli e Marina.
Dimas voltou dizendo que não poderia abrir os valores das receitas, como pedimos nas outras reuniões. “Não estou autorizado”. Falou que o valor a ser reduzido dos custos com as dispensas de professores que vão ocorrer já estava na planilha. Detalhe: foi ele que fez a planilha, e ele confessou na reunião passada que não sabia que essas saídas iam ocorrer.
Depois voltou a bater na tecla do Software Livre, destilando sua coletânea de clichês. É óbvio que o espaço de discussão das mensalidades não é o lugar para se discutir esse projeto, e que sua implantação obviamente demandaria tempo e não aconteceria em todas as máquinas, mas pra ele era cômodo a discussão de uma questão periférica.
Num momento que, para não levar como provocação, prefiro classificar como de ironia extrema ou como piada de mau gosto, Cláudio Arantes citou o fato de o CTA ter pedido que a faculdade mude o .com.br do site para só .br ou para .edu, porque o ponto com seria só para estabelecimentos comerciais, o que não seria o caso.
Dimas perguntou se mudaríamos nossa proposta de aumento baseado na inflação (3,7%), dissemos que não. Aí falou que “levou lá para cima” esta proposta, e que reiterava que 5,8% era o mínimo de aumento que a Fundação estava disposta a arcar. Mas, que se tivéssemos outra proposta, poderíamos falar que ele levaria “para cima”. (Lembrando que os 5,8% são o mesmo valor desde a primeira reunião, já que segundo o próprio Dimas esses cinco ponto oito seriam um rearranjo dos 6 e 7% iniciais) Aí aquele que veio nas três reuniões com a mesma proposta injustificada e injustificável, aquele que desqualificou ou ignorou todo e qualquer argumento nosso, disse que somos irredutíveis.
Falou que o déficit da Faculdade seria em torno de 400 mil reais anuais. Mais uma vez disse que não está autorizado a abrir as receitas, e disse que, apesar de constarem na tabela como custos, os cursos extracurriculares (que eles chamam, erroneamente, de extensão) dão sempre lucro.
Ficou clara a farsa dessa “negociação”. Deixamos claro que o Centro Acadêmico em momento algum participou de nenhuma negociação, que o que aconteceu foi a apresentação de uma planilha de custos, muitos deles estranhos e ou incompletos, e que além disso as receitas não foram abertas. Após Dimas dizer que publicaria o edital em um ou dois dias com o aumento de 5,8%, e que não tinha mais o que dizer, nos retiramos.
O difícil é escolher o que é pior nesse quadro: se é o total descaso por parte dos alunos, que ao não participarem de maneira nenhuma acabam referendando os aumentos abusivos; se é a total perda de tempo que foram essas reuniões, nas quais passamos horas e horas argumentando com um reles pau-mandado que não pode tomar nenhuma decisão sem antes consultar “lá em cima” (ele mesmo disse que levou “pra cima” nossa proposta de 3,7%, ou seja, toda nossa argumentação foi apenas para ele, que não tem poder de decisão nenhuma, foi pro ralo – é como se numa negociação Brasil Bolívia sobre a estatização da Petrobrás Lula mandasse a Soninha pra conversar com o Morales, pra depois ouvir só as “propostas”, os valores); se são as ridículas “leis” do FHC que deveriam regular as mensalidades e que não regulam porra nenhuma; ou se é a Faculdade e a Fundação se darem ao trabalho de designar um funcionário, um professor e o Secretário-Geral durante três reuniões para encenarem uma representação tão patética quanto deprimente, tirada de algum manual de regras de “como enrolar o Centro Acadêmico e fingir que há diálogo”, manual esse que vem sendo seguido à risca desde os tempos do eterno Erasmo, e que colocaram as mensalidades da Cásper Líbero, que há algum tempo nem existiam, que há nem quinze anos eram de cento e tantos reais, nesse patamar estelionatário que vigora já alguns anos, e que a cada ano elitiza mais e mais o perfil dos alunos.
Os valores outorgados para 2007 são, portanto: 798,79 para JO, PP e RP; 774,46 para Turismo e 1.030,49 para RTV.
Que pelo menos essa “negociação” sirva como lição de que não há diálogo possível dentro das instâncias da Cásper, de que qualquer sinalização do contrário virá na forma da mais tosca encenação. E que, principalmente, mostre aos alunos que espaço não se ganha de presente – se conquista, que é urgente que nos façamos ouvir, que nada conseguiremos sem o mínimo de interesse e mobilização. E para os que, assim como eu, começam a se habituar com as injustiças e com os desmandos da Facasper.com, um pouco de Brecht:
Dimas voltou dizendo que não poderia abrir os valores das receitas, como pedimos nas outras reuniões. “Não estou autorizado”. Falou que o valor a ser reduzido dos custos com as dispensas de professores que vão ocorrer já estava na planilha. Detalhe: foi ele que fez a planilha, e ele confessou na reunião passada que não sabia que essas saídas iam ocorrer.
Depois voltou a bater na tecla do Software Livre, destilando sua coletânea de clichês. É óbvio que o espaço de discussão das mensalidades não é o lugar para se discutir esse projeto, e que sua implantação obviamente demandaria tempo e não aconteceria em todas as máquinas, mas pra ele era cômodo a discussão de uma questão periférica.
Num momento que, para não levar como provocação, prefiro classificar como de ironia extrema ou como piada de mau gosto, Cláudio Arantes citou o fato de o CTA ter pedido que a faculdade mude o .com.br do site para só .br ou para .edu, porque o ponto com seria só para estabelecimentos comerciais, o que não seria o caso.
Dimas perguntou se mudaríamos nossa proposta de aumento baseado na inflação (3,7%), dissemos que não. Aí falou que “levou lá para cima” esta proposta, e que reiterava que 5,8% era o mínimo de aumento que a Fundação estava disposta a arcar. Mas, que se tivéssemos outra proposta, poderíamos falar que ele levaria “para cima”. (Lembrando que os 5,8% são o mesmo valor desde a primeira reunião, já que segundo o próprio Dimas esses cinco ponto oito seriam um rearranjo dos 6 e 7% iniciais) Aí aquele que veio nas três reuniões com a mesma proposta injustificada e injustificável, aquele que desqualificou ou ignorou todo e qualquer argumento nosso, disse que somos irredutíveis.
Falou que o déficit da Faculdade seria em torno de 400 mil reais anuais. Mais uma vez disse que não está autorizado a abrir as receitas, e disse que, apesar de constarem na tabela como custos, os cursos extracurriculares (que eles chamam, erroneamente, de extensão) dão sempre lucro.
Ficou clara a farsa dessa “negociação”. Deixamos claro que o Centro Acadêmico em momento algum participou de nenhuma negociação, que o que aconteceu foi a apresentação de uma planilha de custos, muitos deles estranhos e ou incompletos, e que além disso as receitas não foram abertas. Após Dimas dizer que publicaria o edital em um ou dois dias com o aumento de 5,8%, e que não tinha mais o que dizer, nos retiramos.
O difícil é escolher o que é pior nesse quadro: se é o total descaso por parte dos alunos, que ao não participarem de maneira nenhuma acabam referendando os aumentos abusivos; se é a total perda de tempo que foram essas reuniões, nas quais passamos horas e horas argumentando com um reles pau-mandado que não pode tomar nenhuma decisão sem antes consultar “lá em cima” (ele mesmo disse que levou “pra cima” nossa proposta de 3,7%, ou seja, toda nossa argumentação foi apenas para ele, que não tem poder de decisão nenhuma, foi pro ralo – é como se numa negociação Brasil Bolívia sobre a estatização da Petrobrás Lula mandasse a Soninha pra conversar com o Morales, pra depois ouvir só as “propostas”, os valores); se são as ridículas “leis” do FHC que deveriam regular as mensalidades e que não regulam porra nenhuma; ou se é a Faculdade e a Fundação se darem ao trabalho de designar um funcionário, um professor e o Secretário-Geral durante três reuniões para encenarem uma representação tão patética quanto deprimente, tirada de algum manual de regras de “como enrolar o Centro Acadêmico e fingir que há diálogo”, manual esse que vem sendo seguido à risca desde os tempos do eterno Erasmo, e que colocaram as mensalidades da Cásper Líbero, que há algum tempo nem existiam, que há nem quinze anos eram de cento e tantos reais, nesse patamar estelionatário que vigora já alguns anos, e que a cada ano elitiza mais e mais o perfil dos alunos.
Os valores outorgados para 2007 são, portanto: 798,79 para JO, PP e RP; 774,46 para Turismo e 1.030,49 para RTV.
Que pelo menos essa “negociação” sirva como lição de que não há diálogo possível dentro das instâncias da Cásper, de que qualquer sinalização do contrário virá na forma da mais tosca encenação. E que, principalmente, mostre aos alunos que espaço não se ganha de presente – se conquista, que é urgente que nos façamos ouvir, que nada conseguiremos sem o mínimo de interesse e mobilização. E para os que, assim como eu, começam a se habituar com as injustiças e com os desmandos da Facasper.com, um pouco de Brecht:
A Exceção e a Regra
Estranhem o que não for estranho.
Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.
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